quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mortalidade infantil

A UNICEF divulgou hoje os números relativos à mortalidade das crianças com menos de cinco anos nas últimas duas décadas. Regista-se uma descida acentuada, na ordem dos 28% entre 1990 e 2008. No entanto, é também referido que morrem ainda 8,8 milhões de crianças.
São apontadas duas causas principais: a pneumonia e a diarreia.
As vacinas contra a pneumonia pneumocócica e a diarreia por rotavírus são meios que poderão diminuir estes valores. Foi hoje publicado o relatório "Vacinas e vacinação: a situação no mundo", pela Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF e Banco Mundial, onde se afirmar que as taxas de vacinação nunca foram tão altas (106 milhões de crianças em 2008) e o desenvolvimento da própria vacina atingiu os mais altos patamares. No relatório é também solicitado aos países doadores que preencham as lacunas do financiamento que deixam milhões de crianças expostas ao risco de doença, nomeadamente nos países e nas comunidades mais pobres.
Podemos afirmar que nas últimas duas décadas aumentou a atenção pública face à temática da infância, devido sobretudo à acção das ONG e dos media. Contudo, muitos compromissos permanecem incumpridos, não porque os direitos básicos de provisão das crianças sejam demasiado ambiciosos, inatingíveis ou tecnicamente impossíveis de aplicar, mas porque a agenda da infância não é ainda considerada como uma prioridade política, económica e social, e por isso mesmo escasseia e tarda o investimento.